Oração de Fé
de Mozart Correia Lima

Você já foi interrompido subitamente no meio de uma oração? Foi o que aconteceu comigo, quando orava por um homem no hospital. Ele era jovem, mas muito doente. Ele foi internado com AIDS. Eu fui visitar o rapaz a pedido do irmão dele. Preocupado com seu estado de saúde e mais preocupado ainda com sua alma, o irmão do enfermo me chamou para fazer uma visita.

Depois de conversar por algum tempo com o jovem, eu perguntei se ele queria que fizesse uma oração por ele. Ele disse que queria e aí eu comecei a orar.

Enquanto orava por sua cura, tudo bem. O rapaz evidentemente gostou do meu pedido para que ele fosse curado. Mas, como é meu costume, sempre peço a Deus que Ele faça o que é melhor. Mal pronunciei as palavras: “Senhor, seja feita a tua vontade”, e o jovem me interrompeu bruscamente. Seu semblante estava visivelmente transtornado. Ele exclamou “Não quero essa oração, pois está errada. Está faltando fé!”

O jovem queria que orasse apenas para que ele fosse curado, e mais nada. Nada de “se for da vontade do Senhor”. Nenhuma palavra para Deus de “seja feita a tua vontade”. Para este jovem, qualquer reconhecimento da possibilidade dele não ser curado seria uma falta de fé. Para ele Deus não iria responder a tal tipo de oração.

Será que ele estava certo? Há pessoas que entendem que Deus só responde a orações feitas com plena convicção que Ele fará o que o orador pedir. Qualquer dúvida quanto a isso é falta de fé e motivo para Deus não responder àquela oração. Há pessoas que até alegam que outros não foram curados porque faltou a plena fé que era isso mesmo que Deus queria.

Jesus ao passar por um momento crucial da sua vida, orou assim, lá no jardim do Getsêmani: “Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua” (Lucas 22.42 ARA). Será que estava faltando fé em Jesus? O que é realmente orar com fé?

Observamos ainda Hebreus 5.7 “Durante os seus dias de vida na terra, Jesus ofereceu orações e súplicas, em alta voz e com lágrimas, àquele que o podia salvar da morte, sendo ouvido por causa da sua reverente submissão.” (NVI)

Como podemos orar assim como Jesus orou: com toda fé e ao mesmo tempo com toda submissão à vontade de Deus? O que requer mais fé: pedir um milagre, ou se submeter e aceitar a vontade de Deus quando aquela vontade pode significar a ausência do milagre? O que foi mais difícil para Jesus: Acreditar no poder do Pai, ou aceitar o cálice amargo da cruz?

Porque Jesus orou assim, ele levantou-se pronto para fazer a sua parte. E você, como tem orado a Deus? Com essa fé submissa?

Se estivermos orando assim, não ficaremos revoltados como aquele homem no hospital. E sim, estaremos prontos para aceitar e fazer a vontade de Deus, não como um peso, mas com aquela certeza resoluta e gratificante, com a qual Jesus se levantou do jardim para abraçar a cruz.

Que o Senhor nos ajude a sermos tão confiantes em nosso Deus e Pai como Jesus foi; e ao mesmo tempo, submissos, obedientes e resolutos para aceitar a sua vontade. E assim o nosso Deus seja glorificado por essa fé que, sem imposições ou exigências, confia e se submete sempre à vontade de Deus. Pessoas que possuem essa fé, realmente confiam em Deus e fazem a oração de fé.

Veja também “A Agonia da Oração”.


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