OPerigo da Avareza – Lucas 12:13-14

de Nilton Barreto

INTRODUÇÃO:

Tudoo que temos e somos vem de Deus.

Nestavida nós somos despenseiros de Deus – o termo se refere a alguém que cuidade algo que pertence a outro.

Quemé o dono de seu dinheiro?

Eleme deixa decidir como usá-lo, mas terei que prestar contas por isso a Ele.

Temosa responsabilidade de usar bem tudo o que Ele nos confia.

Eisto ocorre quando o faço com total fidelidade à Sua vontade.

“Mestre,ordena a meu irmão que reparta comigo a herança”(Lucas 12:13). Um certo homem fez este pedido incomum quando Jesus estavaensinando uma multidão.

Ninguémsabe quem ele era, mas evidentemente ele pensava que seu irmão estavaenganando-o na partilha da propriedade da família e queria que Jesus intervissepara resolver o assunto.

Jesusrecusou-se, mas no processo ele explicou a relação do homem com as posses erevelou princípios que devem governar a atitude cristã para com o dinheiro.

UMAPERGUNTA

Quandoo homem pediu a Jesus que arbitrasse a disputa da herança, ele se recusou,fazendo a pergunta:Homem, quem me constituiu juiz ou partidor entrevós? (Lucas 12:14).

Eleestava simplesmente dizendo que não era seu propósito acertar demandas depropriedade. É certo que o homem tinha entendido mal a meta da missão deJesus.

OSenhor poderia ter deixado isso assim, mas não o fez.

UMAADVERTÊNCIA

Jesusacrescentou uma advertência: Tende cuidado e guardai-vos de toda equalquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dosbens que ele possui (Lucas 12:15).

Quedeclaração forte! “Tende cuidado” mas oSenhor não ficou numa única declaração de perigo; ele acrescentou outra – “guardai-vosou fiquem de sobreaviso contra”.

Equal era o perigo contra o qual ele estava advertindo tão duramente? Ganânciaou Avareza.

Elaé o assunto de muitas advertências bíblicas (Marcos 7:22 – do coraçãoprocedem as cobiças; Romanos 1:29 – os que desprezam o conhecimento deDeus tornam-se cheios de … ganância; I Coríntios 5:10-11 – Nãodevemos nos associar com qualquer que dizendo-se irmão for avarento;6:9-11 – os avarentos não herdaram o Reino de Deus; Efésios 5:3 –entre os cristãos não deve haver nem menção de cobiça; II Pedro 2:14– pessoas que tem o coração exercitado na ganância; Efésios5:5 – Ler; Colossenses 3:5 – Ler; I Timóteo 6:10 – Ler).

Umpecado sobre o qual as Escrituras advertem tão freqüentemente tem que sermuito comum.

Vocêjá ouviu alguém falar sobre as posses de Bill Gates ou outro rico qualquer comum tom de inveja na voz? Você já desejou estar no lugar dele?

Seráque admitimos a possibilidade de cairmos neste pecado?  Ou, pior ainda,admitimos estar praticando este pecado em nossas próprias vidas? Ou por sermospobres cometemos o engano de pensar que estamos isentos deste pecado?

Quemera a audiência de Jesus nesta ocasião – Lucas 12.1? Pescadores, escravos,etc. Não havia muitas pessoas de posses naquela época, especialmente nãohavia muitas pessoas de posses entre os que se atropelavam para ouvir Jesus.

Poralguma razão, nunca parecemos reconhecer o desejo desordenado por coisas emnossas próprias vidas. Acreditamos que só os ricos, políticos, ou outrospraticam este mau.

Pensamosque todas as coisas que queremos são necessidades, e que as dívidas queacumulamos ao buscar adquiri-las é perfeitamente aceitável ou normal.

Maso que é a avareza?

Aavareza é um desejo desordenado por coisas, é o apego ao dinheiro.

Apessoa avarenta quer mais e mais, sempre mais. Este desejo insaciável, estacobiça, facilmente se estende aos bens dos outros – inveja, ciúmes – quepode levar a desonestidade, trapacear, roubar, etc.

Éa luta desenfreada pelos bens materiais.

Oavarento supõe que sua segurança está naquilo que ele possui, e por isso põea vida financeira em primeiro lugar.

Ésurpreendente ler na bíblia a declaração de que a avareza é idolatria.

Idolatriaé adorar deuses falsos e não o verdadeiro.

Apessoa avarenta declara por suas ações e atitudes (se não por palavras):“Meu deus é o dinheiro”.

Existempessoas tão materialistas que literalmente pegam uma nota e dizem, “Este émeu deus”. (Que deus insignificante!)

Quandoas epístolas afirmam que a avareza é idolatria, apenas repetem o que Jesus diznos Evangelhos – Mateus 6.24.

Odinheiro em si não é mau, e ele pode e deve ser utilizado no serviço a Deus.

Seele estiver nas mãos de um cristão maduro na fé, ele será usado para o bem,mas se estiver nas mãos de um homem ambicioso, poderá destruir sua alma.

Dinheironão é bom nem mau, mas sempre poderoso.

Odinheiro pode ocupar na vida de uma pessoa o lugar que só pertence ao Senhor.Torna-se assim um outro deus que supostamente protege e satisfaz, isto é abadalada “segurança financeira” que todos tanto buscam.

Dinheiropode tornar-se ídolo ao invés de sevo do Deus verdadeiro.

ODinheiro é enganoso, ele tem o poder de possuir pessoas enquanto estas achamque o possuem.

Odinheiro pode tornar-se o mestre de nossas almas, enquanto achamos que nóssomos os mestres do dinheiro.

Aavareza é pecada que exclui o indivíduo do Reino dos Céus.

Quaisalgumas formas pelas quais a avareza se manifesta?

Vemose queremos. Coisas materiais tornam-se mais importantes para nós do que oSenhor. O desejo de ter coisas e acumular riquezas domina a vida de muita gente.

Éverdadeiramente notável quantas coisas algumas pessoas esperam da vida. E em namaioria absoluta dos casos morrem desejando sem nunca alcançar.

Permitimosque nosso emprego interfira com o serviço a Deus.

Tornamo-nostão devotados à nossa carreira e a ganhar mais e mais dinheiro que não temostempo para ensinar, estudar, orar ou adorar. Uma das táticas mais eficazes dodiabo é apagar o zelo do cristão com preocupações financeiras (Mateus13:22).

Deusnos manda trabalhar (2 Tessalonicenses 3:10), mas ele não quer que façamos denosso trabalho um ídolo. Ele não quer que esposas negligenciem suaresponsabilidade principal de dirigir o lar (Tito 2:5; I Timóteo 5:14) para sedevotarem a uma carreira. A raiz do problema, em muitos casos: avareza –queremos o que queremos – e faremos qualquer coisa para conseguir. Inclusive,ultrapassando os limites estabelecidos por Deus.

Masisto não é feito conscientemente – “estou agindo assim porque queroisto”. Na maioria dos casos as pessoas estão simplesmente sendo levadas pelasociedade, é o que todos fazem, o que se tornou comum. Não vêem nenhumproblema, especialmente porque todos ao redor, além de fazer o mesmo, estãoaprovando e incentivando isto.

OSenhor pregou sobre prioridades. Ele disse: “Buscai, antes detudo, o seu reino, e estas cousas vos serão acrescentadas”(Lucas12:31). Muitos colocam as bênçãos materiais acima das espirituais.

Há,no mundo denominacional, igrejas que pregam mais a respeito da prosperidadematerial, e menos sobre as riquezas eternas.

Ena igreja do Senhor, será que há cristãos que gastam mais tempo e esforçoassegurando sua própria prosperidade do que promovendo a obra do Senhor?

Murmuramose nos queixamos a respeito do que não temos. “Seja a vossa vida semavareza. Contentai-vos com as cousas que tendes” (Hebreus 13:5). Nãoestamos contentes porque temos desejos insatisfeitos, e os temos porque somosgananciosos. É fácil olhar em volta e ver nossos vizinhos e colegas com maisdo que temos e então sentir-se privado. Sentimos que ficaríamos contentes setivéssemos apenas mais uma destas coisas insignificantes, mas quando aconseguirmos, logo quereremos mais outra coisa. O problema é nossa atitude, nãonossa posição financeira. “Quem ama o dinheiro jamais dele sefarta; e quem ama a abundância nunca se farta da renda”(Eclesiastes5:10).

Apresença de Deus com seu povo deveria dar tanta alegria e segurança que poderíamosfacilmente nos contentar com qualquer padrão de vida. Paulo estava contente nafome ou na abundância (Filipenses 4:11-13). Paulo exortou: “Por isso,tendo o que comer e com que nos vestir, estejamos com isso satisfeitos”(1 Timóteo 6:8). Estamos satisfeitos somente com isto?

Senão estamos contentes com o que temos agora, não ficaremos contentes com coisanenhuma. A raiz do problema: avareza – queremos o que queremos – e nossentimos privados (sensação de falta) se não conseguimos.

Jesussimplesmente disse: “… a vida de um homem não consiste na abundânciados bens que ele possui”(Lucas 12:15). Coisas materiais não sãotudo o que a vida é. Nada realmente valioso, desejável ou duradouro pode sercomprado. O Senhor poderia ter parado aqui, porém não o fez.

CONCLUSÃO:

Aconversão a Jesus inclui uma reeducação sobre dinheiro, seu valor e seu uso.

Jesusnão permite que haja uma separação entre a forma como cuido do meu dinheiroda minha vida espiritual.

Aavareza, ou cobiça, ou ganância, não podem estar presentes na vida do discípulode Cristo, pois estas coisas são contra Deus.

SóDeus merece confiança, não há outros deuses. Dinheiro não pode substituir aoSenhor.

Emboraa sociedade (Tv, etc.) incentive a avareza, o caso da avareza é sério porquecondena eternamente. E condena porque é idolatria que o único Deus nãoaceita. Em 1 Coríntios 5.11 temos a  ordem divina para expulsar o avarentoda comunhão da igreja.

Nenhumhomem cobiçoso irá para o céu. Mesmo se cumprisse todos os mandamentos (comoo jovem rico) não iria porque tem outro deus (e não o Deus dos céus).

Maso que é que a avareza tem a ver com nosso tema atual – “Deus ama quem dácom alegria?”.

Aavareza pode impedir uma pessoa de ofertar a Deus, porque quer guardar tudo parasi e nada compartilhar.

Comoregra (e claro, cada regra tem suas exceções), a pessoa financeiramente ativa,que não contribui aos domingos, ou não entendeu ainda este ato cristão, ou éavarenta – quer ficar com seu dinheiro no lugar de dá-lo a Deus.

Oudamos generosamente ou nossa contribuição é diminuída pela cobiça.

Anegação ao ofertar demonstra falta de fé e constitui roubo contra Deus (naspalavras de Malaquias – Ele não é o dono de tudo?!).

Aquestão de ofertar não é meramente financeira, mas essencialmente espiritualporque mostra o estado de nossos corações e revela quem é realmente nossomestre, Deus ou o dinheiro.

Aavareza ainda motiva a mania de sorteios, loterias, bingos, jogos de azar eapostas de todos os tipos. As pessoas investem dinheiro nestas coisas, porquequerem ficar ricas.

Odiscípulo de Cristo não perde seu tempo, nem investe seu dinheiro nesta“industria da cobiça”.

“Poisnada trouxemos para este mundo e dele nada podemos levar” (1 Timóteo 6.7).

Estaverdade pode transformar completamente nossa concepção acerca do dinheiro edos bens materiais.

Nodia do julgamento a riqueza não faz diferença – absolutamente nenhuma (vejaProvérbios 11:4).

Aum simples pedido de um homem por arbitragem numa disputa de herança, Jesusrespondeu com uma pergunta, uma advertência, uma parábola e um sermão. Quepossamos ouvir e ficar avisados.

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