“Contagem de Corpos – Uma investigação sobre o desaparecimento e reaparecimento de Jesus”, de Larry Chapman

Contagem de Corpos – Uma investigação sobre o desaparecimento e reaparecimento de Jesus

de Larry Chapman

Uma morte horrível e depois…?

Quem viu o filme produzido por Mel Gibson já sabe como foram as últimas horas da vida terrena de Jesus. Caso tenha perdido partes de A Paixão de Cristo porque estava a tapar os olhos (teria sido mais fácil para a produção filmar com um filtro vermelho nas câmaras), basta folhear as últimas páginas de qualquer um dos Evangelhos do Novo Testamento para ver o que perdeu.

Tal como Jesus predisse, foi traído por um dos Seus discípulos, Judas Iscariotes, e preso. Num julgamento fraudado, sob a jurisdição do governador romano, Pôncio Pilatos, foi acusado de traição e condenado a morrer numa cruz de madeira. Antes de ser pregado à cruz, Jesus foi brutalmente espancado com os chamados “gatos-de-nove-caudas” romanos, uma espécie de chicote com pontas de osso e metal, com o propósito de arrancar carne. Foi esbofeteado repetidamente, chutado e cuspido.

Depois, usando martelos, os soldados romanos embateram os pesados pregos forjados em ferro contra os pulsos e pés de Jesus. Por fim, largaram e prenderam a base da cruz num buraco no chão, entre duas outras cruzes, nas quais se encontravam ladrões condenados.

Jesus permaneceu ali durante aproximadamente seis horas. Por volta das 3:00 da tarde – isto é, no exato momento em que o cordeiro da Páscoa era sacrificado para purificação dos pecados (um pequeno simbolismo aqui, não acha?) – Jesus suspirou, “Tudo está consumado” (em aramaico), e morreu. De repente o céu escureceu e um tremor agitou a terra.9

Pilatos queria a certeza da morte de Jesus antes de permitir que o seu corpo crucificado fosse enterrado. Assim, um soldado romano atravessou uma lança no lado de Jesus, entre as costelas. A mistura de sangue e água que verteu era a clara indicação de que Jesus estava morto. O corpo de Jesus foi tirado da cruz, e colocado no túmulo que pertencia a José de Arimatéia. Em seguida os soldados romanos selaram o túmulo e mantiveram-no seguro 24 horas por dia.

Os discípulos de Jesus permaneceram em estado de choque. Segundo o Dr. J. P. Moreland, estes se encontrariam devastados e confusos após a morte de Jesus na cruz. “Eles já não confiavam na idéia de que Jesus tinha sido enviado por Deus. Além disso tinham sido ensinados que Deus não permitiria que o Seu Messias sofresse a morte. Dispersaram. O movimento criado por Jesus terminava naquele momento.”10

Toda a esperança se tinha desvanecido. Roma e os líderes judeus tinham prevalecido – ou assim parecia.


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