Decência Para Presidente

de Max Lucado

Como pai de três filhas, eu resguardei o direito de entrevistar os rapazes que queriam sair com elas. Parecia-me justo. Afinal, eu e a minha esposa havíamos passado 16 a 17 anos alimentando-as e vestindo-as, pagando aparelho dos dentes, e levando-as a torneios de vôlei e ensaios de piano. Um encontro de cinco minutos cara-a-cara com o rapaz me parecia uma expectativa razoável. Eu estava confiando o amor da minha vida a ele. Nas próximas horas ela teria que depender da habilidade dele de dirigir um carro, evitar gente pesada, e permanecer sóbrio. Eu queria saber se ele seria capaz. Eu queria saber se ele seria decente.

Esta era a minha palavra: “decente”. Ele tinha um jeito decente? Ele trataria a minha filha com consideração e respeito? Poderíamos confiar nele para levá-la em casa até a hora combinada? Na linguagem, ações e decisões dele, ele seria um rapaz decente?

Decência era importante para mim como pai.

Decência é importante para você. Notamos a pessoa que paga suas dívidas. Apreciamos o médico que separa o tempo para nos escutar. Quando o marido honra os seus votos de casamento, quando a professora separa tempo para o aluno com dificuldade, quando o empregado recusa fofocar sobre seu colega, quando o time que perde parabeniza o time que ganhou, podemos caracterizar seu comportamento com a palavra decente.

Apreciamos decência. Aplaudimos decência. Ensinamos decência. Procuramos desenvolver decência. A decência é importante, não é?

Então, porque a decência não está sendo mais valorizada na corrida presidencial?

O candidato da frente para ser o próximo líder dos Estados Unidos não passaria no meu teste de decência. Eu o mandaria embora. Eu diria para minha filha ficar em casa. Eu não confiara ela aos cuidados dele.

Eu não conheço Mr. Trump. Mas eu tenho ficado perplexo com suas atitudes. Ele ridicularizou um herói de guerra. Ridicularizou o ciclo menstrual de uma repórter. Ele fez piada com um repórter com necessidade especial. Referiu-se à primeira dama anterior, Barbara Bush como “mainha” e criticou Jeb Bush por levá-la na sua campanha. Ele rotineiramente rotula pessoas de “estúpido”, “perdedor”, e “burro”. Estes não foram comentários privados, de bastidores, espionados, ou feitos para não serem repetidos. Foram publicamente e intencionalmente tuitados, gravados e apresentados.

Tais insensibilidades não seriam aceitas nem numa eleição de candidatos em organizações escolares. Para a Casa Branca? E fazer isso enquanto levanta uma Bíblia e se gaba da fé Cristã dele? Estou perplexo, tanto pelo comportamento dele como pelo apoio do público.

A explicação comum pelo sucesso dele é esta: ele acertou no furor do povo Americano. Como um homem disse, “Estamos votando com o nosso dedo do meio.” Isso parece mais um comentário para uma briga de gangues do que para uma eleição presidencial. Reações alimentadas por raiva têm causado problemas desde que Caim ficou com raiva de Abel.

Só nos resta esperar, e orar, para um retorno à decência. Talvez Mr. Trump irá melhor adequar as suas atitudes. (Isso merece oração, com certeza.) Ou, talvez o público Americano irá lembrar que o papel principal do presidente é ser a cara do povo Americano. Quando ele/ela fala, ele/ela fala por nós. Queira concordar ou discordar das decisões do presidente, não é que esperamos que se comportem de uma maneira consistente com o status do seu ofício?

Pelo que me consta, eu nunca mandei embora um dos rapazes que queria sair com uma das minhas filhas. Eles não eram perfeitos, mas eram rapazes decentes. Era tudo que eu podia pedir.

Parece-me que devemos pedir o mesmo agora.

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Copyright © 2016 Max Lucado. Todos os direitos reservados. Tradução de Dennis Downing.

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