Finados

de Dennis Downing

Finados. Até a palavra lembra “fim”. Vem do latim “finis” que significa “limite, fronteira, marco divisório”. No último capítulo do último livro da Bíblia, o Senhor se chama do “Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim.” (Apoc 22:13). “Principium et Finis” no Latim. Fim. Finados. Um dia de lembrar os que já viram seus dias findarem, que já chegaram ao fim desta vida.

Independente das suas crenças ou convicções religosas, é provável que você ou algum membro da sua família irá visitar um cemitério ou jazigo, irá lembrar pessoas queridas que já se foram. Há praticamente um sentimento em comum. De perda e de separação. Da barreira insuperável que é a morte. O rei Davi, ao lamentar a morte de seu filho recém nascido, expressou bem o sentimento para com a perda da criança “eu irei a ela, porém ela não voltará para mim.” (2 Samuel 12:23).

Morte. Morto. A palavra que todo mundo teme ouvir sobre seus entes queridos. A palavra que quando cai nos ouvidos suga a força, a esperança, e, às vezes, até a vontade de viver. Tão poderosa esta palavra. Jamais se imagina ver aquela pessoa de novo nesta vida. Finis. Finados. Fim.

Recentemente, uma passagem chamou a minha atenção, pelo uso justamente desta palavra tão poderosa e assustadora – “morto”. Havia lido o texto dezenas de vezes, mas, nunca ouvi com tanta força o significado da palavra nos lábios de um pai que recebeu de volta um filho.

“Este meu filho estava morto e voltou à vida; estava perdido e foi achado”. Lucas 15:24

“Morto”. Esta é a palavra que o pai do filho pródigo usou para descrevê-lo. Morto.

Sim, é linguágem figurativa. É verdade que o rapaz estava vivo, morando naquela terra distante, sonhando com a comida dos porcos. Vivo, sim. Mas, só da forma mais óbvia e banal. Respirando e andando? Sim. Com os sinais de um corpo animado? Sim. Neste sentido ele estava vivo. Entretanto, noutro sentido, no único que realmente importa, ele estava morto. Morto, mesmo.

É desta morte que Paulo fala quando escreve aos Cristãos em Éfeso “Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados, nos quais costumavam viver, quando seguiam a presente ordem deste mundo” (Efésios 2:1-2). Paulo admite que ele também “vivia” assim, como morto para Cristo e a verdadeira vida.

Quantas pessoas será que conhecemos que “vivem” assim? Andando, se movimentanto, correndo para lá e para cá, mas, mortos para a verdadeira vida, defuntos para Deus, falecidos para a eternidade. Para aqueles que já foram enterrados, não há nada mais que podemos fazer. Mas, para estes, precisamos levá-los à fonte da vida – Jesus.

Jesus é a água viva (João 4:10) e só Ele pode dizer:
“Eu sou o pão da vida.” (João 6:48)
“Eu sou a ressurreição e a vida” (João 11:25)
“Eu sou o caminho, a verdade, e a vida” (João 14:6)
e finalmente, Ele se declara
“Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim.” (Apoc 22:13)

Se Jesus é o Fim, ele estará lá no fim. No fim do túnel. No fim da jornada. No fim da vida. Esta vida, sim, tem fim. Mas, a vida que Jesus dá não tem fim para sempre. E ele estará lá. Ele mesmo – Jesus.

Água viva. Pão da vida. Ressurreição e vida. Caminho, verdade e vida. Alfa e o Ômega. Primeiro e Último. Princípio e Fim. Sim, Jesus é tudo isso. E quem tem Jesus tem isso tudo.

No feriado de Finados, você lembra os mortos da sua vida. Pai, ou mãe, ou ambos. Um filho. Marido ou esposa. Aquela pessoa de quem você tanto sente falta. Talvez há meses, talvez há anos. Em momentos como aniversários, Natal, Finados, aquela dor parece voltar com força total.

No dia que esse ente querido se foi, no dia do enterro, ao lado do caixão, você teria dado qualquer coisa para tê-lo de volta. Se ele pudesse ser ressuscitado, se pudesse voltar à vida, o que você não teria dado para que ele voltasse a viver?

Mas, depois que esses dias passarem, ou ainda hoje, lembre-se da palavra do pai do filho pródigo. Como ele descreveu o estado do seu filho – morto. Vivo, fisicamente, sim. Mas, para o pai, para Deus, e para a eternidade – o rapaz estava morto.

Será que há alguém próximo a você que se encontra neste estado? Vida você não pode dar aos seus queridos enterrados. Mas, você pode dar a quem não tem Jesus, a quem não conhece o autor da vida, a quem não voltou ainda ao Pai. Quem não bebeu da água viva, nem comeu do pão da vida, nem saboreou a ressurreição ainda nesta vida precisa conhecer Jesus.

Você conhece alguém assim? Então ainda há esperanças. E você pode, sim, ajudar uma pessoa a voltar a viver, a voltar do estado dos mortos para andar em novidade de vida com Jesus.

Conhece alguém assim? Procure-o(a) ainda hoje. Mande esta reflexão para ele(a), ou outra qualquer, contanto que fale de Jesus. Mande um trecho de um dos Evangelhos, ou compre uma Bíblia e dê a ela. Fale para ele de como Jesus lhe deu um novo ânimo, e como, mesmo no dia de Finados, você não perde a esperança porque você conhece aquele que estará lá no fim, no fim de tudo. O Princípio e o Fim – Jesus –autor de toda a vida.

Que Deus lhe abençoe. E que seu dia de Finados seja um dia de comemorar porque você conhece Aquele que é o Fim deste mundo e o Princípio do porvir e a nossa garantia da vida eterna. Glórias a Jesus.

Veja também “Jesus e a Morte” e “Quando Deus Suspirou” de Max Lucado.



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